Quando vi pela primeira vez, ainda morador do Rio de Janeiro, com 10 anos de idade, em uma estreia no Cinema do Botafogo Praia Shopping, me emocionei muito com o filme” À Procura da Felicidade” de Gabriel Muccino! Porque? Eu me perguntei. Eu sou uma pessoa que não tenho costume de chorar!
A história acontece em São Francisco, no início dos anos 80’. Chris Gardner (Will Smith) é um homem que corre sem parar para tentar ganhar algum dinheiro. Ele investe o dinheiro da família numa máquina de tomografia óssea. Em uma procura incansável de alguém para comprar o aparelho, Chris descobre que os médicos não estão mais interessados na compra desse tipo de aparelho, o que o deixa completamente falido. Os Gardner estão com o aluguel atrasado dois meses, o carro da família é apreendido devido ao grande número de tickets de estacionamento não pagos, e a Receita Federal está cobrando impostos atrasados.
A amarga e frustrada mulher do senhor Gardner, Linda (Thandie Newton em um papel que leva os espectadores a odiarem-na), é obrigada a trabalhar em turnos dobrados para conseguir as contas do lar. Numa sequência cheia de fatos sem explicação, a senhora Gardner abandona a família e muda-se para a costa leste em Nova Iorque em busca de trabalho e uma vida melhor comisso deixa para trás seu filho de cinco anos sozinho com o pai, que está sem um tostão.
Após esta sequência de má sorte Chris consegue uma vaga como estagiário numa corretora de ações. Mas não receberá salário enquanto não atingir o cargo de corretor, pelo qual precisa competir com mais de vinte estagiários. Dentro de uma semana, ele e seu filho Christopher (Jaden Smith) são despejados do apartamento. Num primeiro momento, eles mudam-se para um motel enquanto Chris continua a vender se estoque de aparelhos médicos. Mas a Receita Federal trava sua conta bancária, de modo que os dois se veem na rua dormindo em abrigos, vagões do metrô e até em banheiros públicos.
Tudo isso me emocionou demais, pois eu havia brigado com meu pai e isso foi uma grande chance de me desculpar com ele.
O que mais me emociona no filme de Gabriele Muccino e Steve Conrrad (roteirista) é que a história de Chris Gardner é real!!! E na última cena do filme, Chris (Will Smith) cruza na rua andando com o verdadeiro Chris Gardner. Essa cena me emociona muito e agora sempre que discuto com meu pai lembro-me dela e me emociona demais.
A obra é muito boa e vários críticos que comentaram o filme elogiaram muito, como Kirk Honeycutt crítico da Hollywood que disse:
- O roteiro por ser real e os atores estarem interpretando muito bem se torna emocionante.
O único problema do filme é a falta de argumentos que expliquem o abandono da mãe.
É simplesmente o filme mais lindo que já vi.
João Vale
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